quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Sonhos: Nunca deixe de lutar por eles

                 Todos nós temos uma brincadeira favorita quando pequeno. A minha era escolinha, costumo dizer que o meu quarto era uma sala de aula, pois antes mesmo de ir a escola minha mãe  me ensinava em casa para quando chegar  a hora de ir a escoa não está tão atrasada. 

    Assim como vocês devem ter lido o texto: Mãe um presente do senhor Jesus, publicado no dia 21 de junho de 2015 que fala sobre a minha primeira escola,  já devem saber que entrei na escola tarde a vista das outras crianças, pois não se sentava, minha mãe comprou um quadro e colocou na parede do meu quarto pegava os livros da filha da vizinha e me colocava para sentar como era muito molinha enchia de travesseiros em minha volta e ali  aprendia as coisas básicas como: Alfabeto, cores e números.


 

    Gostava muito dessa brincadeira de escolinha, minha mãe também passava atividades no caderno e iria me fazendo perguntas para que eu pudesse responder. Essa brincadeira me ajudou bastante no meu desenvolvimento. Como também, o aprender para mim não era  visto como algo obrigatório, mais como algo prazeroso. Não se cansava de brincar de escolinha foi através dela que aprendi os números,  cores e letras.

    Aos cinco anos de idade comecei a sentar, e foi ai que a minha mãe resolveu me colocar na escola, aqui no bairro tinha uma escola que era o Manuel Tibúrcio queria muito ir para lá  pois todos os meus amigos e primo daqui do bairro estudavam lá, mas na época minha mãe só queria me colocar em uma escola que estivesse natação, pois segundo ela, escola que estivesse natação seria muito bom para o meu desenvolvimento. E foi ai que a minha mãe se Lembrou da UCRI- Centro Educacional Mariza Pinto, uma escolinha pequena com o muro todo colorido que sempre me chamava muita atenção quando passava no ônibus. Quando formos conhecer a escoa, minha mãe explicou o motivo de ir  tarde para escola e também explicou que me ensinava em casa.A coordenação achou melhor eu ir logo para o segundo período já sabendo:

Alfabeto                                                                   Números

 







                                      Cores



        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fiz o segundo e o terceiro período, ai tia Mariza me achou muito adiantada em relação aos  outros alunos,  do terceiro período ai ela  me pulou logo para o quinto que era a alfabetização. Quando comecei  a estudar ainda continuei brincado de escolinha, só que dessa vez ela era a aluna e eu era a professora, tudo o que aprendia na escola repassava para ela.


 

 Desde de pequena que a minha mãe explicava que os estudos não acabava no ensino médio, e sim quando concluísse o ensino médio entraríamos logo na faculdade, pois se saímos da sala  de aula para voltar é difícil. Desde de muito cedo falava para minha mãe que queria cursar pedagogia,  no inicio ela concordava pois eu ainda era muito nova para decidir a minha faculdade, percebia que quando falava  nesse curso ela não me levava  a sério, quando cheguei próximo de concluir o ensino médio abriu o curso de turismo na UERN, decidir "vou fazer turismo". Então falei para ela que queria fazer turismo, e mais uma vez ela não aceitou, falou que não tinha muita oportunidade de emprego, e decidir optar pelo o curso de educação física, e mais uma vez ela não aceitou, pois o curso de  educação física não dava certo para  mim.

     Quando já era grandinha, tomei conhecimento que além de gostar do curso temos que gostar do local que escolhermos para  trabalhar, como gostava muito do ambiente escolar continuei insistindo na pedagogia, mais mesmo próximo de concluir o ensino médio  minha mãe continuava insistindo no curso de informática, quando cheguei no terceiro ano,  depois de tanta insistência, quando ela viu que não  queria informática ela aceitou a minha decisão em fazer pedagogia.

 Quando finalmente minha mãe aceitou o curso, ela não aceitou a universidade que iria cursar, pois desde do meu oitavo ano mesmo sem ela concordar com o meu curso, já falava que iria fazer a UVA Universidade Vale do Acaraú, mais  todos diziam que não iria aguentar, pois era o dia todo, diziam que não iria aguentas, mais mesmo assim ainda insistia na ideia de ir para UVA.Eu dizia que achava melhor do que todos os dias, sem contar que tínhamos a semana toda para fazer as coisas da faculdade com mais tranquilidade. Pensava que quando chegasse no terceiro ano a minha mãe iria aceitar e que iria desistir da ideia de me colocar na UERN- Universidade do Estado do  Rio Grande do Norte, não queria entrar na UERN pois lá era era todos os dias, nem na escola iria todos os dias, e sabia que na faculdade tinha o número X de faltas e tinha certeza que iria ultrapassar pois na escola nunca iria a semana completa, então na faculdade não iria sair nem do primeiro período, pois logo iria ser reprovada, sem contar que na UERN pagamos várias disciplinas de uma vez, e não é só ir para faculdade e chegar ter o resto do dia live, não é assim, na faculdade temos que estudar em casa fazer os trabalhos que muitas vezes não é são só de uma disciplina e sim de várias disciplina e muitas vezes é de várias disciplina, e muitas vezes são para entregar todos  no dia  seguinte, teria que fazer todos as pressas, sabia que não iria aguentar essa pressão, mesmo explicando a minha mãe todos esses motivos, ela não desistia da ideia de me colocar UERN, fiz o vestibular para entrar no segundo semestre, mais como o segundo semestre só iniciava em setembro e ela não queria que passassem nove meses parada, decidiu me colocar em uma faculdade privada até sair o resultado do vestibular.

-''Lelinha se você passar na UERN como só começa em setembro você vai iniciar em uma faculdade privada"

-"oba posso ir pra UVA né?

-"Não para UVA não".

-" Mas porque mãe?."

-"Já disse que na UVA você não irá aguentar pois é o dia todo."

 Foi ai que fiz o vestibular da UNOPAR e passei. Neste mesmo ano de 2015 iria muito para UVA, pois era no tempo em que a minha melhor amiga Marta Garcia era coordenador de lá e as vezes iria visitar nas tardes de sábado, adorava ficar lá conversando. Quando passei na UNOPAR não tinha muito conhecimento sobre o que era uma faculdade " a distância", converso que achava meio estranho, além de ser uma vez por semana eram apenas duas horas de aula, mais já que havia passado, tinha que fazer a matrícula.  Faltando apenas dois dias para iniciar as aulas fui passar a tarde com tia Marta lá na UVA, e começamos a conversar sobre a faculdade em que iria cursar, e foi ai que tomei conhecimento  sobre como iria ser  as aulas, era completamente diferente do que eu pensava, as aulas eram através de um telão, quando fiquei sabendo falei logo:

- "Mãe, pois não quero ir mais para UNOPAR, quero ter aula com os professores"

No dia seguinte era o vestibular da UVA- Universidade Valé do Acaraú, mais não tinha nem como fazer a prova que não tinha feito a inscrição, tinha certeza que naquele ano iria ser um ano perdido para mim pois mesmo se passasse na UERN só iria começar em setembro, e o que iria ficar fazendo parada durante esse tempo todo?Depois de alguns dias fiquei sabendo que por sorte a turma não tinha completado a turma e que eles iriam fazer um novo vestibular e foi nesse novo vestibular que conseguir entrar na faculdade que tanto queria desde do meu oitavo ano, que via minha tia Núbia estudando lá. Quando conseguir entrar na UVA a primeira coisa que disse a minha mãe foi:

No dia seguinte era o vestibular da UVA, mais mesmo assim não tinha nem como eu fazer a prova pois não tinha feito a inscrição, tinha certeza que naquele ano iria ser um ano perdido para mim para mim pois mesmo se passasse na UERNE só iria começar em setembro, e o que iria ficar fazendo parada durante todo esse tempo? Alguns dias depois fiquei sabendo que por sorte a turma não tinha completado e que eles iriam fazer um novo vestibular e foi nesse novo vestibular que conseguir entrar na faculdade que tanto queria desde do meu oitavo ano que era a UVA- Universidade Vale do Acaraú. Quando conseguir entrar na UVA a primeira coisa que disse a minha mãe foi:

-"Mainha mesmo se eu conseguir passar na UERN eu não vou, quero terminar na UVA"

  Entrei na UVA sabendo que as aulas eram um pouco cansativas de 07 ás 11:30 de 13:00 as 16:30, mas mesmo assim, aguentei. Só no final do curso que as  vezes saia da aula mais cedo, aos sábados pois o cansaço batia, mais é normal todos nós temos cansaço, mais fui até o fim. 

Terminei pedagogia em 2018 com todas  as disciplinas pagas, sem nenhuma reprovação. Em dezembro de 2018 foi o meu baile de formatura, onde todas as pessoas que amo estavam presentes. No ano seguinte em Março de 2019  a tão sonhada colação de grau aconteceu. E eu juntamente com todas as colegas da faculdade em especial ao meu grupo que foi o meu grupo do inicio ao fim que me ajudaram  a superar os desafios durante os três anos e meio de faculdade, finalmente recebermos o grau de Licenciatura em pedagogia..


Sou Mirelli, vítima de paralisia cerebral, tenho 25 anos. Quem me conhece sabe que quando quero uma coisa luto até o fim. Hoje sou formada em pedagogia pela UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú e com pós graduação em psicopedagogia pela FIP - Universidade Integrada de Patos.

Um comentário:

  1. Que história linda Lelinha! Me emocionei e fiquei muito feliz por vc ter vencido todos os desafios.parabens

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