A Escritora de a vida de um especial no programa Semeando Inclusão

     Dizem  que quando somos crianças sonhamos alto, já enxergamos o nosso futuro e o desejo da carreira que iremos seguir. Já os adultos dizem que quando somos crianças dizemos isso da boca para fora, e que a medida que vamos crescendo os nossos planos mudam, e os nossos interesses também.

Figura 01 Arquivo de Internet

Mais já eu, tenho uma opinião completamente diferente em relação a isso. Acredito que o amor pela vida profissional vem desde de quando somos crianças, bom, pelo menos, foi isso o que aconteceu comigo, eu por exemplo, enquanto pequena teria o sonho de ser escritora e com isso tive vontade de cursar pedagogia, mais por conta de minha deficiência, dificuldades de locomoção e dificuldades na fala  a minha mãe não queria aceitar a escolha da minha faculdade, pois segundo ela eu não teria condições de ensinar. E finalmente, após muita insistência, aos 19 anos conseguir cursar pedagogia e concluir aos 22 anos de idade, logo em seguida fiz minha especialização em psicopedagogia e recentemente concluir minha segunda pós em autismo. Além disso, desde de pequena que alimento o sonho de construir uma carreira solo de escritora, já que o escrever sempre foi algo que me fez muito bem.
Figura 02 acervo do autor


    Com 18 de idade, dei origem ao meu blog " A  vida de um especial" a princípio era visto apenas como um passa tempo para mim, já que sempre gostei de escrever, mais o que jamais imaginava era que através da minha deficiência a minha história de vida pudesse ser motivo de inspiração para outras pessoas. Através dos comentários em relação aos meus textos e também o meu amor pela escrita aos poucos não fui enxergando a minha pagina como um simples blogger ou um simples passa tempo, e sim, como algo profissional, visto como o inicio para que pudesse ingressar na carreira que tanto sonhei desde de pequena, a de escritora.

    Apesar disso, a medida com que iria crescendo e ao ir amadurecendo as ideias sobre o que é ser escritora, cheguei à conclusão que, não é só aquela que sabe escrever bem, claro o fato de escrever bem é fundamental, o principio e a base de tudo, mais outro fato muito importante que me incomodava muito e muitas vezes chegava até em pensar em desistir antes mesmo de começar a seguir aquela carreira profissional que tanto sonhava, era a questão da minha timidez, pois sabemos que quando nós se tornamos um escritor profissional e temos o objetivo de ser reconhecidos pelo mundo através da leitura não podemos ser tímida, pois a cada novo trabalho que publicamos precisamos e necessitamos falar em diferentes tipos de públicos pela luta do nosso reconhecimento. E, como sempre vi que essa carreira foi algo que me identifiquei então passei a trabalhar a questão da timidez em mim. E hoje sou outra pessoa, com a vontade de entrar no ramo da literatura, adquirir a facilidade e o prazer de falar em público.  E assim, com a conclusão do meu primeiro livro O Rosto Desconhecido muitas portas se abriram para mim.

Figura 03 Acervo do autor

Na manhã do dia 07 de junho, fui pega de surpresa por minha grande amiga Rosângela Lima me convidando para participar do programa Semeando Inclusão no dia 13 de junho, onde teria a oportunidade de estar falando da chegada do meu primeiro livro “O Rosto Desconhecido” um tema maravilhoso de ser elaborado. Por mais que quisesse aceitar de imediato esse convite, pois enxerguei essa chance, como uma bela oportunidade para o início da minha carreira, mais por conta do meu jeito tímido pude me sentir muito insegura com medo de ficar rindo durante o programa e não conseguir responder nenhuma das perguntas, e com isso imaginava, “E se eu ficar todo tempo rindo na hora do programa e não conseguir responder nenhuma das perguntas e fazer feio?” Mais por outro lado, pensei em minha carreira de escritora, que foi a qual sempre me identifiquei desde de pequena, batalhei muito para poder chegar até aqui e na hora em que finalmente vou ter essa oportunidade de mostrar o meu trabalho para o mundo jamais poderia desperdiçar, jamais poderia deixar o meu medo me atrapalhar e então decidir aceitar.


Figura 04 Acervo do Autor

    Durante o programa, pude me surpreender comigo mesma, conseguir responder todas as perguntas feitas pela Rosângela e pelo Guilherme, sem nenhuma timidez, perguntas essas que irei citar quase no final do texto. No decorrer do programa não estive falando apenas sobre a produção do meu livro, também estive falando sobre as minhas participações na feira do empreendedorismo das pessoas com deficiência em que durante o ano de 2024 tive a oportunidade de participar de duas feiras uma no município de Apodi – RN e a outra na cidade de Areia Branca – RN.

                Mais o principal objetivo nesse dia foi para que pudesse estar falando um pouco sobre o meu trabalho como escritora e para que pudesse estar contando um pouco sobre a produção do meu livro, sobre a escolha do tema do O Rosto Desconhecido que aparenta ser um tema bem misterioso e para muitos pensam que foi um tema difícil de se produzir e principalmente de se elaborar 216 páginas só sobre esse tema. E ai vem à pergunta, mais o que me levou a escrever sobre esse tema? E o que foi para mim escrever sobre ele? Durante o programa não poderia deixar de levar comigo não poderia deixar de levar comigo algo que me inspirou bastante para que pudesse dar origem a toda essa história, estive levando comigo uma boneca de pano enfermeira.

- Mais, o que é que uma boneca de pano enfermeira tem a ver com a criação do meu livro?

figura 05 Acervo do Autor

    Essa bonequinha é uma obra de arte da Lenilce, mãe do Filipe (in memoriam) o meu eterno amigo de infância, comprei essa bonequinha para dar de presente a minha tia Gerliane que naquela época teria acabado de concluir o curso de enfermagem, e pensando em que iria dar de presente a ela vinhesse passar as férias aqui no RN, por coincidência quando estava muito próximo a sua chegada encontrei essa bonequinha nos stores da Lenilce Ferreira, mãe do meu eterno amigo Lip (in memoriam) e então rapidamente entrei em contato com ela perguntando como fazia para comprar.

    A princípio quando fiz o pedido, ela era apenas amiga da minha mãe, afinal, nem se lembrava do seu rosto direito, jamais imaginei que dentro de mim fosse despertar um amor tão lindo assim que atualmente sinto por ela, e com isso nem imaginava que algum dia fosse escrever um livro sobre aquele simples domingo em que o reencontrei, já que na época em que convivíamos juntas era muito pequena, talvez uma menina de braço, mais de uma coisa jamais esqueci de todo o seu amor com o seu pequeno que possuía síndrome de down, que era lindo e isso jamais pude esquecer. Até que em um certo sábado, antes do nosso reencontro que iria ser no dia seguinte, uma simples mensagem de áudio mandada pela Lenilce pode mexer com todo o meu coração e com os meus sentimentos de uma forma que nem eu mesma sou capaz de explicar, ao ponto de escrever rapidamente um livro em sua homenagem.

figura 06 Acervo do Autor

    O Rosto Desconhecido iniciei a minha carreira, com um título que jamais imaginei que algum dia fosse escrever, bem criativo, que através desse título pude estar mostrando para a sociedade até que ponto um adulto pode marcar a vida de uma criança, a criança algum dia ela irá crescer, irá se tornar adulto (a) e mesmo com todas as suas dificuldades ela irá trilhar o seu caminho, mais o flash do rosto e do sorriso daquele adulto nunca saíra da sua mente.

    Outra coisa que também estive falando durante o programa foi sobre o meu lado empreendedor. Que também é algo que me identifico muito desde pequena além da escrita, cresci vendo a minha tia Niziane comprando as coisas para revender, mesmo em casa ela vendia AVON bolsas e roupas, adorava ir lá pra vê-la arrumando as mercadorias, aquilo de uma certa forma despertava um interesse em mim, uma vontade de trabalhar com vendas. Até que com uns sete para oito anos, assim que comecei a andar comecei a vender chocolates no meio da rua com o objetivo para ir à praia com minha tia Neiliane e os meus primos Lucas e Pedro (in memoriam) e assim começou a minha história no ramo do empreendedorismo, mais em outro momento escrevo um texto falando da minha história com o empreendedorismo.

figura 07 Arquivo de Internet

    No segundo momento do programa, tive a oportunidade de estar falando um pouco sobre as minhas participações nas feiras do empreendorismo de pessoa com deficiência. A feira do empreendedorismo é um projeto criado pelo programa Semeando Inclusão com a temática voltada para as pessoas que possuem necessidades especiais. Mais o que é essa feira? E como enxergo esse projeto? Desde do princípio que passei a ver esse projeto como um grande incentivo para nós, pessoas com Deficiência, e principalmente para aqueles que são empreendedoras assim como eu, onde trabalhamos a questão da nossa autoestima e principalmente a questão da nossa timidez pois durante esses eventos são necessário temos contatos com diferentes públicos e temos que se comunicar com eles no objetivo de vender.

Figura 08

    Costumo dizer que a criação desde projeto foi um grande incentivo para mim, pois desde do ano de 2020 que trabalhava apenas com xerox, impressões e revelações de fotos, na sala da casa da minha tia Conceição, meu desejo sempre era de ampliar, além das impressões, pretendia pegar algo para vender algo relacionado a papelaria que foi sempre algo que me identifiquei muito, mais sempre deixava para depois e nunca pegava. E através desse projeto, e o meu desejo de participar das feiras, despertou em mim o desejo de pegar mercadorias com o objetivo de participar dos próximos eventos, a primeira feira que aconteceu foi aqui na cidade onde moro, mais infelizmente não tive como participar pois, naquela época só havia comprado cinco chameguinhos e cinco grampeadores, mais infelizmente a minha mãe não deixou, pois, segundo ela séria uma vergonha para mim colocar  apenas cinco grampeadores e cindo chameguinhos em cima de uma mesa, e o fato de não ter participado da primeira feira foi me incentivando bastante a pegar mercadorias para ir me preparando para a próxima feira e aos poucos fui pegando mercadorias, e hoje, graças ao incentivo do programa semeando inclusão ampliei o meu negócio, e atualmente o meu espaço próprio em que batizei com o nome de LD Lela Design. 

PERGUNTAS FEITAS DURANTE O PROGRAMA

1.       Quem é Lelinha?

    Lelinha, foi um apelido dado pela minha tia Niziane Karla, ainda quando eu tinha dois anos de idade, desde então, familiares e amigos queridos só me chamam de Lelinha.

2.       Porque escreveu um livro?

Desde de pequena que tenho um certo afeto pela escrita, sempre foi algo que me fez bem, através dela posso viajar para muitos lugares ao mesmo tempo, costumo dizer que sou uma menina de sorte, pois desde de pequena que todos os meus textos e redações são muito elogiadas pelas pessoas. Aos dezoitos anos tive a ideia de criar um blogger a vida de um especial, onde nele relato algumas fazes da minha vida, e como o escrever sempre foi algo que me fez tão bem nasceu em mim o desejo de me tornar escritora, pois para mim não existe nada melhor por ser reconhecida por algo que amamos, e no meu caso é a escrita.

3.       Em que você se inspirou para escrever um livro?

Me inspirei em um reencontro que tive em julho do ano de 2021 com a Maria Lenilce Ferreira, mãe do meu coleguinha Filipe (in memoriam), a Lenilce sempre foi uma pessoa maravilhosa, carinhosa e especial, durante anos perdermos o contato, acho que ela saiu da minha vida ainda quando eu era pequena.

4.       Porque que é tão importante para sociedade conhecer o meu livro?

Para dizer o quanto um adulto é capaz de mudar a vida de uma criança, assim como a Lenilce marcou a minha.

AGRADECIMENTO A EQUIPE SEMEANDO INCLUSÃO

Figura 09 Acervo do Autor

                Conheci a Rosângela na faculdade por mais que não estudasse na mesma sala nós se tornamos amiga, e conheci o Guilherme no dia de seu primeiro lançamento do seu primeiro livro O Diário De Um Pré Adolescente Autista, e desde daí passei a ver o Gui como um exemplo de Superação pra mim, tão novinho e já autor de três livros, com esse pensamento passei a enxergá-la nele como um alguém que pudesse me inspirar já que também algum dia teria o sonho de me tornar escritora e ser reconhecida pelo mundo através da literatura.

                A partir do momento em que a Rosângela passou a conhecer o meu trabalho de escritora na internet e também ao falar que o meu sonho era me tornar escritora, ela começou a me apoiar me colocando para cima, e falando que eu escrevia muito bem e que a minha história de vida podia se servir de inspiração para muitas pessoas, e através desses conselhos e incentivos delas me levaram dar início ao meu primeiro livro, a minha autobiografia que a princípio se chamaria “A vida de um especial o blogger que irá dar origem ao livro” Um trabalho com  dois anos de dedicação que já estar quase sendo concluído, mais como já citei em alguns textos vi que não valia a pena iniciar a minha carreira de escritora com uma autobiografia.

    Como citei ai a cima, a partir do momento em que a Rosângela começou a conhecer o meu trabalho de escritora pela internet ela passou a me apoiar, me colocando para frente falando que eu não poderia desperdiçar um talento lindo que Deus haveria me dado e passando a mim cobrar livros escritos por mim. Então através desses conselhos e incentivos de Rosângela ao concluir a minha primeira obra pessoal “Não sabia o seu nome mais em todas as minhas conquistas sentia falta de compartilhar com você” Destinada a uma pessoa muito especial que Deus me deu a imensa alegria de reencontra-la em julho do ano de 2021, e após o término tendo a oportunidade de reler várias vezes aquela obra produzida por mim cheguei a me perguntar “E porque não adaptar essa obra em um conto fictício? E porque não dar vida aos personagens? E ao invés desse nome gigantesco “Não sabia o seu nome, mais em todas as minhas conquistas sentia falta de compartilhar com você” Não substituir apenas por “O Rosto Desconhecido”

                Até que, em um certo domingo, convidei a Rosângela e o Gui para virem aqui em casa, inclusive, foi nesta mesma tarde em que tive o imerso prazer de conhecer a Daniela Santos que, assim como eles é um amor de pessoa, então apresentei a minha obra pessoal a eles expliquei que teria feito para uma pessoa de muita importância que teria reencontrado no ano de 2022 e apresentei a ideia em transformar aquela obra em algo fictício que inclusive já teria até o título em mente “O Rosto Desconhecido” E assim fosse possível a sua publicação, e como já imaginava  eles  abraçaram a ideia e começaram a me apoiar me dando todo suporte necessário para que este sonho virasse realidade.  


Figura 10 Arquivo Pessoal

    Enfim, tudo o que tenho para falar ainda é pouco tudo para agradecer o que fizeram por mim durante todo esse tempo, foram meses de muitos aprendizados e ensinamentos que irei levar para o resto da vida.

Figura 11 Arquivo pessoal

O Rosto Desconhecido, foi um trabalho que teve somente um ano e um mês de dedicação, dedicando somente meus finais de semana e feriados para desenvolver a sua produção. Obrigada toda equipe do Semeando Inclusão, por transformar esse sonho em realidade e por sempre me apoiar. Amo vocês.

Figura 12 Arquivo pessoal


Mais porque o Rosto Desconhecido?

Homenegeada do Livro
Figura 12- Arquivo pessoal

    Por conta da minha deficiência, mesmo os médicos relatando que iria ficar um bebê para o resto da vida, a minha mãe não perdeu as esperanças de que algum dia eu pudesse evoluir e levar uma vida normal como qualquer outra criança, então ela foi a luta em busca de minha melhora, mesmo sabendo que seria algo impossível, afinal era assim que os médicos relatavam, e quem somos nós para duvidar dos médicos não é mesmo? Ainda mais naquela época dos anos 90 que tínhamos a visão de que os médicos sabiam de tudo e tínhamos uma visão do nosso futuro, mas mesmo assim a minha mãe foi a luta, em busca dos tratamentos e quem sabe de uma melhora para mim? Com isso, em busca dessa melhoras, passei por muitas clinicas tendo a oportunidade de crescer no meio de diversas de pessoas e diversos rostos diferentes em minha volta, dentre essas clinicas estavam a CLIMAF que foi onde eu passei mais tempo, praticamente toda a minha infância.

A minha mãe relata que ao entrar na CLIMAF e ao iniciar os tratamentos com DRª Marta Benjamin, com apenas poucos meses de fisioterapia o meu desenvolvimento evoluiu bastante, com nove meses de idade já segurava o pescoço, e por volta dos quatro anos já comecei a engatinhar. Segundo a minha mãe quando eu comecei a engatinhar não ficava mais quieta, por mais que ainda não soubesse andar somente engatinhar, mais ela teria que ficar todo tempo do meu lado.

                No meio daquelas engatinhadas naquele enorme corredor algo sempre me chamava atenção e que achava lindo de se ver, no meio daqueles rostos que pude crescer em volta havia uma mãe que sempre me chamava atenção, uma mãe muito carinhosa com o seu filho que possuía síndrome de Down. Sei que todas as mães são carinhosas com os seus filhos, principalmente aqueles que possuem algum tipo de deficiência, mais um amor tão lindo e tão puro como o deles que jamais puder ver igual, era um amor raro, e esse amor era entre a Lenilce e o eterno Filipe. Sempre que eles chegavam na clínica um clima de amor mexiam com todos em sua volta, e jamais podia deixar de admirar aquele amor tão lindo entre aquela mãe e aquela criança com síndrome de Down, e com isso ficava admirada observando o amor entre eles.

                O tempo foi passando, e com a ajuda dos tratamentos de DRª Marta fui me desenvolvendo e com isso a minha rotina foi mudando, agora não teria mais a fisioterapia como prioridade também teria a minha vida escolar para dar de conta. Com pouco tempo depois que iniciei minha vida escolar, já que naquela época dependíamos de ônibus, infelizmente tive que abrir mão da minha fisioterapia, pois muitas vezes chegava em casa em cima da hora de pegar o ônibus para ir para escola e não dava tempo fazer as minhas tarefas de casa, e por esses motivos tive que abrir mão da fisioterapia.

               Me afastei da clínica, acredito que por volta de uns sete para oito anos de idade, e por morar em um bairro distante tive que me afastar das pessoas inclusive daquela mãe muito carinhosa com o seu filho, só fiquei mantendo contato apenas com uma mãe que moramos no mesmo bairro. Por mais que o tempo passasse mais sempre carregava em minha mente aquela cena daquela mãe muito carinhosa com o seu filho, em algumas vezes o seu rosto pode apagar da minha mente, mais jamais o reflexo do seu sorriso nem o seu jeito carinhoso com o seu filho.

                O tempo passou, tudo mudou, agora não sou mais aquela criancinha de braço, nem aquela criancinha que corria no meio da clínica de pés descalço daquele enorme corredor. Já me tornei adulta, já me formei, trabalho por conta, e posso dizer que mesmo com todas as minhas limitações me tornei um adulto com independência, mais mesmo com o passar de todos esses anos jamais pude me esquecer daquela mãe muito carinhosa com seu filho que possuía síndrome de down.

                Até que em um simples domingo no ano de 2021 pude reencontra a Lenilce Ferreira e retomar o contato com essa mãe que passou toda a minha adolescência o seu reflexo de um alguém muito carinhoso e especial pode tomar conta da minha mente. E ao me lembrar do seu jeito carinhoso hoje pude adquirir um amor incondicional por ela.

        Até que em uma simples tarde após o nosso reencontro, a saudades tomou conta do meu coração, neste dia estava sentindo uma saudades tão grande da Lenilce que lagrimas tomaram conta do meu rosto, achava se eu fosse na casa dela naquela tarde iria melhorar aquele sentimento e aquela saudades que estava morando dentro de mim. Então fui pois sentir que durante aquela tarde precisava vê-la aquele lindo sorriso que ela tem, e com isso aliviaria tudo o que estava sentido dento de mim, mais mesmo com aquele forte abraço em que dei nela durante aquela naquela tarde e dizendo o quanto amava não foi o suficiente, para melhorar tudo aquilo que estava sentindo, mais teria que achar alguma forma para desabafar e não queria mais incomodá-la, afinal naquela tarde teria passado um pedacinho com ela, e então abrir o word e Me afastei da clínica, acredito que por volta de uns sete para oito anos de idade, e por morar em um bairro distante tive que me afastar das pessoas inclusive daquela mãe muito carinhosa com o seu filho, só fiquei mantendo contato apenas com uma mãe que moramos no mesmo bairro. Por mais que o tempo passasse mais sempre carregava em minha mente aquela cena daquela mãe muito carinhosa com o seu filho, em algumas vezes o seu rosto pode apagar da minha mente, mais jamais o reflexo do seu sorriso nem o seu jeito carinhoso com o seu filho.

                O tempo passou, tudo mudou, agora não sou mais aquela criancinha de braço, nem aquela criancinha que corria no meio da clínica de pés descalço daquele enorme corredor. Já me tornei adulta, já me formei, trabalho por conta, e posso dizer que mesmo com todas as minhas limitações me tornei um adulto com independência, mais mesmo com o passar de todos esses anos jamais pude me esquecer daquela mãe muito carinhosa com seu filho que possuía síndrome de down.

          Até que em um simples domingo no ano de 2021 pude reencontra a Lenilce Ferreira e retomar o contato com essa mãe que passou toda a minha adolescência o seu reflexo de um alguém muito carinhoso e especial pode tomar conta da minha mente. E ao me lembrar do seu jeito carinhoso hoje pude adquirir um amor incondicional por ela.

           Até que em uma simples tarde após o nosso reencontro, a saudades tomou conta do meu coração, neste dia estava sentido uma saudades tão grande que lagrimas tomaram conta do meu rosto, achava se eu fosse na casa dela naquela tarde e receber aquele abraço cheio de amor, iria melhorar aquele sentimento e aquela saudades que estava morando dentro de mim. Então fui, pois sentir que durante aquela tarde precisava ver ela, precisava ver aquele sorriso lindo que ela tem, e com isso aliviaria tudo o que estava sentido dentro de mim, mais mesmo com aquele forte abraço que dei nela naquela tarde e dizendo um eu te amo, não foi o suficiente para melhorar o que estava sentido durante aquele dia, o meu coração ficou tão cheio de amor e de saudades que nem eu mesma poderia compreender porque de tanto amor, nem se eu enviasse um “eu te amo” para ela aliviava tudo aquilo que estava sentido, mais teria que achar alguma forma para desabafar, mais não queria mais incomoda-la, afinal naquela tarde já tinha passado um pedacinho com ela, e então abrir o Word e comecei a escrever com o objetivo de que pudesse despejar tudo aquilo que estava sentindo em meu coração que estava sentido por ela naquela noite, e então tive a ideia de escrever como se ela nunca estivesse saído da minha vida, quem sabe aquilo não me ajudava a aliviar um pouco tudo o que estava sentido em meu coração, e com isso fui capaz de desenvolver 13 páginas descritas em sua homenagem em que dei o titulo “Não sabia o seu nome mais em todas as minhas conquistas sentia falta de compartilhar com você.

            E assim, através dessa obra descrita para Maria Lenilce Ferreira, nasceu a vontade e a inspiração para escrever o meu primeiro livro dedicado em sua homenagem. O Rosto Desconhecido o primeiro livro Da escritora A vida de um especial.

                                  Homenageada e inspiração para a criação de toda essa história.

Foto 15 Arquivo Pessoal - Homenageada do livro

    Enfim, esta é a Maria Lenilce Ferreira, mãe do meu eterno amiguinho Filipe (in memoriam), uma pessoa muito carinhosa e amorosa, quando reencontrei a Lenilce eu já estava uma adulta, com independência, e ao se lembrar daquelas cenas de amor e de cuidado que ela teria com o seu pequeno pode despertar em mim um sentimento tão puro e sincero que nem eu mesma sou capaz de explicar. Hoje ela ganhou uma importância muito grande em minha vida que não consigo explicar por meio de palavras, sei que não moramos no mesmo bairro, e sim em bairros separados uma da outra, demoramos a se ver, mais em inúmeras vezes tenho a sensação que até moramos perto uma da outra e que se vimos todos os dias, pois tudo que acontece em meu dia- a- dia tenho a imensa alegria de dividir com ela.

    Atualmente, me sinto e emocionada, pois antes só compartilhava as coisas com a Lenilce por meio dos pensamentos e em forma de sonho assim como cito em todos os capítulos do livro, e sim hoje posso abraça-la e compartilhar todas as minhas conquistas.

   Te amo muito Lenilce e sou muito feliz em poder dividir as minhas coisas com você, você é muito importante e especial para mim o destino pode até ter nos separados, mais Deus permitiu que nos reencontrasse novamente, e com esse reencontro pude se recordar do seu jeito lindo com o meu eterno amiguinho Lip (in memoriam) e com isso pude adquirir um amor e um carinho lindo por você ao ponto de dedicar o meu primeiro livro em sua homenagem.

O Rosto Desconhecido descrito em homenagem a mãe atípica Maria Lenilce Ferreira.

Venham conferir a entrevista completa da Escritora A vida de de um especial

https://www.youtube.com/watch?v=2HdL0inhQl8&t=47s





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