História de vida

-mainha, porque que o meu enxoval foi todo você e o papai não gostava de rosa?
-Lelinha nós fizemos o seu  enxoval todo verde porque  não sabia o seu sexo, e verde é unissex tanto serve para menino quanto para menina.
-Mainha e  nesse tempo não existia ultrassonografia?
- Existia sim, só que quando fui bater você estava sentada em minha barriga e não deu para ver o seu sexo

vim ao mundo de surpresa, pois os meus pais não sabiam se era menina ou menino nem sabia qual era o nome que iriam me dar, mais a minha mãe como é muito  religiosa fez uma promessa, se eu fosse menina o  meu nome tinha que  ter Luzia e se fosse menino o meu nome tinha que ter Pedro







 No dia 21 de abril de 1996 as 05 da manhã minha mãe começou a sentir as dores do parto, e foi para maternidade acompanhada pela minha tia Núbia,   chegando lá os médicos mandaram elas voltarem para casa que não estava na hora da minha mãe ganhar nenê, mais como ela ja estava com muita dor e ônibus naquela época era muito difícil,e as dores só aumentando elas resolveram ficar por lá, só por volta das 14 horas que a minha mãe foi levada para sala de parto, na hora que eu já estava nascendo faltaram forças nela, e do lugar dos médicos aplicar uma injeção para criar forças, fizeram foram subir em cima dela e ficaram empurrando até conseguir me tirar  de dentro  de sua barriga

Acredito que a maior emoção de uma mãe é ouvir o primeiro chorinho do seu filho  ao nascer, e ainda cheio de sangue poder acaletá-lo em seus Braços, penso que este é o  momento mais esperado de toda mãe






Mais infelizmente a minha mãe não passou por nada disso, não chorei ao nascer, e muito menos ela pode me pegar no colo, pois assim que nasci os médicos saíram correndo comigo, a minha família pensava ate que havia nascido morta, pois nasci sem chorar, mais o motivo pelo qual os médicos saíram comigo foi porque havia nascido com falta de oxigeno. Então a minha mãe e a minha tia Núbia ficaram naquela agonia pensando que havia pois pelo o que os médicos saíram correndo  poderiam jurar que havia nascido morta. Depois  de muitas horas finalmente uma enfermeira veio dizer que a minha mãe havia dado a luz a uma menina  
 Tem uma frase que  diz assim:
 Uma mãe reconhece o chorinho do seu filho de longe.
E realmente é, pois minha mãe conta que no dia em que nasci, um bebê passou a noite todinha chorando e ela tinha certeza que aquele bebê que estava chorando era o dela, e, quando foi na manhã seguinte que a enfermeira  veio buscar ela para finalmente levar onde eu estava ela falou:
-Sua Menina passou a noite inteira chorando
e a minha mãe respondeu:
-Eu  ouvir e alguma coisa me dizia que era o chorinho dela
A enfermeira levou a minha mãe para a incubadora para que pudesse me alimentar, e foi ai em que ela me viu e me pegou nos braços pela primeira  vez,  mais não conseguir segurar o seu peito, e tiveram que raspar a a minha cabeça para ser colocado uma sonda, nesse mesmo dia a minha mãe recebeu alta, mais ela não queria me deixar sozinha no hospital e, com 07 dias eu já conseguia pegar o peito e formos liberadas para casa, sair da maternidade tomando Gardenal, devido a confusão que tive na hora  do nascimento, minha mãe conta que quando a minha família chegavam lá  em casa para mim visitar, sempre mi encontrava dormindo.

Quando tinha 01 mês

Após três meses do meu nascimento a minha família percebeu que havia algo de estranho comigo pois um bebê que é dito como "normal" com três meses já segura a cabeça, e eu não, era toda mole, e foi ai que a minha família me levaram para o medico, chegando lá ele fizeram foram aumentar a dosagem do Gardenal, ela conta que achavam muito estranho pois para todos os médicos  em  que ela me levava faziam sempre a  mesma coisa aumentava a dosagem, e na medida em que o tempo passava todos achavam  muito estranho pois só vivia dormindo era muito enxada

Cada vez que iria no médico era uma dor imensa para minha família pois todos tinham a mesma opinião falavam que nunca iria andar  e nem falar, iria ser  uma eterna bebê e dai  a minha mãe resolveu me levar para Natal-RN para saber as opiniões dos médicos de lá, chegando  lá minha mãe contou tudo que  tinha acontecido no parto apresentou também o remédio que tomava desde que sair da maternidade, a médica até tomou um susto pois segundo ela estava tomando uma dosagem muito alta para uma criança com apenas 06 meses de vida, e logo fez todos os exames que fui diagnosticada com paralisia cerebral,e por ultimo fiz uma resônancia e não acusou nada na cabeça, segundo ela não era nem para mim estar tomando aquele remédio, pois  era controlado não sabia nem o porque que eles haviam passado para mim, ela mandou cada dia a minha mãe ir diminuído a dosagem e se eu  não apresentasse nada poderia suspender  e passou para mim fazer fisioterapia, e todos os dias a minha mãe iria diminuindo uma gotinha e quando acabou não tive nada

 Essa foto ai estava com 06 meses  de idade, muitos quando verem pensam que fui uma bebê gordinha, mais não isso tudo é enchada por causa do  remédiio















E se estivesse ficado aqui em Mossoró hoje estaria assim

01 ano

Hoje com 23 anos ainda séria como  uma eterna bebê, pois segundo as opiniões do médicos aqui da cidade era  sempre as mesma que nunca iria andar nem falar e cada vez mais enxada pois estava tomando remédio controlado que não servia para mim,nessa foto ja havia parado de tomar o remédio mais ainda estava um pouco enxada. 

Depois da ida a capital

Quando cheguei de Natal após ter descoberto o meu problema,comecei a fazer fisioterapia com DRº Marta benjamim, minha mãe contou a ela o que os médicos daqui de Mossoró  havia dito que nunca iria andar e nem falar, e depois de quase dois meses de tratamentos a fisioterapeuta perguntou:
-o que foi mesmo que os médicos daqui falaram sobre Mirelli?
E então a minha mãe respondeu: 
-Que ela sempre vai ficar assim, molinha nunca irá andar nem falar
então a minha fisioterapeuta falou:
- nam, não, olha no tempo que tou com Mirelli deu para notar que ela vai  andar sim, agora o seu desenvolvimento irá ser lento, mais ela irá andar sim.
Com os tratamentos de fisioterapia evolui bastante, o meu desenvolvimento foi lento

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02 aninhos

Comecei a sentar aos quatro anos de idade e foi ai que a minha mãe pensou na possibilidade de mim colocar na escola e quando foi um certo dia ela conversou com minha fisioterapeuta sobre isso:
mãe:
-ela já está sentado, acho que vou tentar coloca-la  na escola
Então a minha fisioterapeuta fala:
-vai ser muito bom para o desenvolvimento dela, e também conviver com outras crianças, você já pensou onde irá colocar ela?
-sim, acho que APAE é a escola melhor para ela respondeu  a minha mãe e foi ai que a minha fisioterapeuta falou
-não,não, Mirelli não é criança para estudar na APAE não, coloque ela em uma escola de crianças "normais"

 Então foi ai que a minha mãe lembrou da Universidade da Criança pois toda vida em que passava no ônibus aquele murinho todo colorido sempre me chamava atenção, e então a minha mãe me colocou lá, a coordenadora tia Mariza Pinto e a sua filha Mariana também contribuíram muito para que eu o aprendesse a andar, pois todas as tardes elas tiravam um tempinho e iam até  o campinho e aos poucos fui dando os passinhos soltinha e logo logo já estava correndo no meio das crianças. Minha mãe conta que quando formos passar o fins de semana no interior quando chegava a parte da tarde que os meus primos iriam brincar no canteiro que tinha de frente a minha  vó sempre ficava em seu colo ou nos das minhas tias, mais  depois que aprendi a andar  eu não parava mais quieta correndo no meio das outras crianças e ela correndo atrás de mim com medo  de cair.

04 anos

Atualmente tenho 23 anos, sou formada em pedagogia pela UVA-  Universidade estadual Valé do Acaraú e cursando especialização na FIP- universidade integrada de  Patos, mais ainda não cheguei onde quero chegar,continuo sempre lutando para alcançar meus objetivos